quarta-feira, 31 de julho de 2013

Demolição da Igreja


Demolição da Igreja 




Don Pierpaolo Petrucci

A sociedade civil do que era a Europa cristã, está cada vez mais se afastando da lei natural. A lei Taubira, recentemente aprovada na França, que equipara as uniões contra a natureza com o matrimônio, com a possibilidade de adotar crianças,faz eco na Itália, a lei sobre a homofobia, um prelúdio daquela francesa, que fará punível por lei aqueles que continuam a proclamar que o vício contra a natureza clama por vingança diante de Deus.

O silêncio do papa sobre assuntos de tão grande valor moral e de importância para a sociedade deixou muito perplexos também jornalistas, não particularmente relacionados com o mundo da Tradição.

Recentemente, explodiu o escândalo do Bispo Battista Ricca, que foi nomeado pelo Papa Francisco prelado ao IOR. Foi dito que o pontífice não estava ciente dos problemas morais do monsenhor e teria esperado um pedido de demissão.

Agora vêm as declarações do Papa Francisco aos jornalistas, durante sua viagem de volta do Brasil. No atual contexto afirmar sem qualquer distinção de que "se uma pessoa é gay, mas busca o Senhor e tem boa vontade" não se a pode julgar, é extremamente grave. Até mesmo o Papa, assim, se insere no atual clima cultural em que tudo está sendo feito para normalizar o vício antinatural. Como esperado, as declarações do papa foram tomadas e enfatizadas pelos partidários da teoria do gênero e da lei contra a homofobia.

 Essa "abertura de espírito" sobre problemas que afetam a lei natural se encontra diametralmente em contraste com a recente posição de grande gravidade sobre os franciscanos dos Franciscanos da Imaculada, quanto a celebração do rito tradicional da Missa.

 A partir do próximo domingo, 11 de agosto, de facto, será para eles vetada a celebração da Missa de São Pio V. Esta decisão foi tomada por um decreto de 11 de julho e assinado pelo prefeito da Congregação para os Religiosos, Cardeal Braz de Aviz e do seu secretário, o arcebispo franciscano Dom José Rodriguez Carballo, com a aprovação em um formulário específico do Papa.

É fala claro: o Santo Padre Francisco dispôs que todo religioso da Congregação dos Frades Franciscanos da Imaculada estão obrigados a celebrar a liturgia segundo o rito ordinário e que, eventualmente, o uso da forma extraordinária (Vetus Ordo) deverá ser explicitamente autorizada pelas autoridades competentes por cada religioso e/ou comunidade que lhes solicitar].  

Este decreto não leva em conta o Motu Proprio Summorum Pontificum com o qual Bento XVI a autorizou, muito menos o indulto perpétuo já concedido por São Pio V na Bula Quo Primum Tempore.

No atual clima de total liberdade, onde todos os abusos litúrgicos são tolerados, o mal maior parece ser a celebração da Missa Tradicional. A luta ... é como o diabo e a água benta!

Quem que se perguntou por que a Fraternidade São Pio X não aceitou de assinar um acordo com as autoridades romanas agora tem uma resposta mais do que eloquente. Além do fato de que não pode haver nenhum compromisso na aceitação dos erros do último Concílio e a nova liturgia reformada no sentido protestante, como foi explicitamente solicitado pelo Protocolo de Roma, está se tornando cada vez mais claro que não podemos ter qualquer confiança nos homens da igreja imbuídos de princípios liberais.

Quando Deus der à Igreja um Pontífice que tenha a coragem de implementar uma verdadeira reforma, a Fraternidade estará pronta para responder ao seu apelo para a defesa da fé e do sacerdócio católico. No momento, há na Igreja um grave estado de necessidade e tem que ser cego para não vê-lo.

Claro que, mesmo Papa Paulo VI, quando ele falou de "auto-demolição da Igreja", não se deu conta de que sua afirmação seria tão profundamente realizada.

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