domingo, 19 de outubro de 2014

Santa Madalena de Nagasaki


20 de Outubro - Santa Madalena de Nagasaki

Madalena, filha de nobres e fervorosos cristãos, nasceu em 1611, num povoado muito próximo da cidade de Nagasaki, no Japão. Dizem os antigos manuscritos que era uma jovem bela, graciosa e delicada. Sua família era de fervorosos cristãos e pertencia à nobreza. Ela era muito pequena quando os seus pais e irmãos foram condenados à morte pela fé em Cristo, sendo, antes, brutalmente torturados.

Cresceu educada no seguimento de Cristo, até que, em 1624, conheceu dois agostinianos recoletos, Francisco de Jesus e Vicente de Santo Antônio. Atraída pela profunda espiritualidade dos dois missionários, que se tornaram seus orientadores, Madalena acabou sendo consagrada a Deus como terciária agostiniana recoleta. Desde então, sua roupa de nobre foi substituída pelo hábito e as únicas ocupações foram a oração, a leitura da Bíblia e o apostolado.

Eram tempos muito difíceis. A perseguição enfurecida contra os cristãos crescia a cada dia em sistemática e crueldade. Os padres Francisco e Vicente também foram martirizados. Madalena, porém, não se intimidou. Continuou firme, transmitindo coragem aos cristãos, ensinando o catecismo às crianças e pedindo esmolas e donativos aos comerciantes portugueses, para os pobres e doentes.

Em 1629, procurou refúgio nas montanhas de Nagasaki, partilhando dos sofrimentos e das agonias dessa comunidade. Encorajava para que se mantivessem fortes na fé, e recolocava no caminho do Evangelho aqueles que tinham renegado Cristo sob tortura. Levava consolo para os doentes e ainda batizava as crianças.

Diante da grande renúncia da fé pelos cristãos, aterrorizados com as torturas a que eram submetidos se não a fizessem, e ansiando por unir-se para sempre a Cristo, Madalena decidiu enfrentar os perseguidores. Vestida com o hábito, em setembro de 1634 apresentou-se aos juízes. Levava consigo apenas a Bíblia, para pregar a palavra de Jesus e meditar no cárcere. Os magistrados, admirados com sua beleza e juventude e informados que ela possuía sangue nobre, fizeram-lhe promessas de vida confortável com um vantajoso casamento. Madalena não cedeu, mesmo sabendo das horríveis torturas que sofreria.

Nos primeiros dias de outubro de 1634, foi torturada. Ficou suspensa pelos pés, com a cabeça e o peito submersos em uma fossa. Cada vez que a tiravam do suplício, era solicitada a negar a fé. Em vez disso, Madalena pronunciava os nomes de Jesus e Maria e cantava hinos de glória ao Senhor.

Resistiu a tudo durante treze dias e meio, quando as águas inundaram a fossa e Madalena morreu afogada. Depois, teve o corpo queimado e as cinzas jogadas no mar, para evitar que suas relíquias fossem guardadas pelos cristãos.

Beatificada em 1981, foi canonizada pelo papa João Paulo II em 1987. A celebração de sua memória foi marcada para o dia 20 de outubro. A Ordem Dominicana venera-a no dia 19 de novembro. Em 1989, foi proclamada padroeira da Fraternidade Secular Agostiniana Recoleta.

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=740

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Santa Maria Bertilla Boscardin

Santa Maria Bertilla Boscardin(1888-1922).
(Festa: 20 de outubro)
Uma simples camponesa pôde demonstrar, com suas atitudes diárias, que mesmo sem êxtases, sem milagres, sem grandes feitos, o ser humano traz em si a santidade e a marca de Deus em sua vida. Se vivermos com pureza e fé, a graça divina vai manifestar-se em cada detalhe da nossa vida.

A prova disso foi a beatificação de irmã Maria Bertilla pelo papa Pio XII, em 1952, quando ele disse: "É uma humilde camponesa". Maria nasceu em 6 de outubro de 1888, na cidade de Vicenza, na Itália, e recebeu o nome de Ana Francisca no batismo. Os pais eram simples camponeses e sua infância transcorreu entre o estudo e os trabalhos do campo, rotina natural dos filhos e das filhas de agricultores dessa época.

Aos dezessete anos, mudou o modo de encarar a vida e ingressou no Convento das irmãs Mestras de Santa Dorotéia dos Sagrados Corações, quando adotou o nome de Maria Bertilla. Paralelamente, estudou e diplomou-se como enfermeira, de modo que pôde tratar os doentes com ciência e fé, assistindo-os com carinho de irmã e mãe.

Teve uma existência de união com Deus no silêncio, no trabalho, na oração e na obediência. Isso se refletia na caridade com que se relacionava com todos: doentes, médicos e superiores. Mas era submetida a constantes humilhações por parte de uma superiora.

Depois, foi enviada para trabalhar no hospital de Treviso, mais ao norte do país. Tinha apenas vinte e dois anos de idade quando, além de enfrentar a doença no próximo, teve que enfrentá-la em si mesma também. Logo foi operada de um tumor e, antes que pudesse recuperar-se totalmente, já estava aos pés dos seus doentes outra vez. As humilhações pessoais continuavam, agora associadas às dores físicas.

Na época, estourou a Primeira Guerra Mundial: a cidade de Treviso ocupava uma posição militar estratégica, estando mais sujeita a bombardeios. Era uma situação que exigia dedicação em dobro de todos no hospital. Irmã Maria Bertilla surpreendeu com sua incansável disposição e solidariedade de religiosa e enfermeira no tratamento dos feridos de guerra.

Porém seu mal se agravou e, aos trinta e quatro anos, sofreu a segunda cirurgia, mas não resistiu e morreu, no dia 20 de outubro de 1922, no hospital de Treviso.



O papa João XXIII canonizou-a em 1961. O culto em sua homenagem ocorre no dia de sua morte. Junto à sua sepultura, na Casa-mãe da Congregação em Vicenza, há sempre alguém rezando porque precisa da santa enfermeira para tratar de males diversos, e a ajuda, pela graça de Deus, sempre chega.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Santa Margarida Maria Alacoque

SANTA MARGARIDA MARIA ALACOQUE 

A VIDA
Essa grande Santa religiosa nasceu em Verosvres (França), em 22-7-1647, e três dias depois recebeu o batismo. Ainda muito pequena, a menina Margarida Maria rezou certo dia:
Ó meu Deus, eu Vos consagro minha pureza
e Vos faço o voto de castidade perpétua.
Quando contava oito anos, devido à morte de seu pai, passou dois anos como aluna no convento das clarissas, em Charolles, e fez ali sua primeira comunhão.
Como um indício da grande vocação religiosa a que ela era chamada, é oportuno lembrar um fato de sua vida: muito devota da Santíssima Virgem, rezava todos os dias o terço de joelhos.
Mas um dia o rezou sentada. Nossa Senhora apareceu-lhe e a repreendeu:
“Estranho muito, minha filha,
que me sirvas com tanto desleixo”.
Mais tarde, quando manifestou a familiares seu desejo de ser religiosa, esses pressionaram-na para que entrasse no convento das ursulinas.
Ela respondia:
“Eu quero ir às visitandinas, em um convento bem longe,
onde não tenha nem parentes nem conhecidas, porque
não quero ser religiosa senão por amor de Deus”.
Afinal, aos 24 anos, seu desejo se cumpriu, depois de 10 anos de provações. Entrou no convento das visitandinas de Paray-le-Monial da Ordem da Visitação de Santa Maria — instituição religiosa fundada por São Francisco de Sales (1567-1622) e Santa Joana de Chantal (1572-1641).

Esse convento francês fora escolhido por Nosso Senhor para, a partir daí, mais intensamente expandir pelo mundo inteiro a devoção a seu Sacratíssimo Coração.
O Divino Redentor quis servir-se da santa religiosa visitandina para difundir universalmente a devoção. Após sua morte, em 1690, a devoção ao Sagrado Coração de Jesus estendeu-me muito, não apenas na França, mas por outros países.
Ela foi canonizada em 1920, pelo papa Bento XV.

http://santamargaridaalacoque.blogspot.com.br/