terça-feira, 26 de março de 2013

VIA SACRA

VIA SACRA
Via Sacra escrita por Dom Antônio de Castro Mayer (com algumas pequenas adaptações).
OBS.: O FIEL DEVE FICAR: DE PÉ: Durante o Cântico e a Leitura do Texto. DE JOELHOS: Durante a leitura do texto da 12.ª Estação e demais orações.

ORAÇÃO PREPARATÓRIA Meu Senhor Jesus Cristo, disponho-me a acompanhar-Vos no caminho que trilhastes do pretório de Pilatos ao Calvário, para Vos imolardes por minha salvação. Peço-Vos a graça de nos conceder grande dor e arrependimento de ter pecado, causando vossos atrozes sofrimentos, e que vosso Sangue preciosíssimo infunda em minha alma o propósito firme de nunca mais pecar.
Canto:
A morrer crucificado,
Teu Jesus é condenado,
Por teus crimes, pecador. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

          1ª Estação
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Jesus na presença de Pilatos

V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Cedendo aos clamores dos judeus, Pilatos condenou Jesus à morte na Cruz. O que levou os judeus a pedirem a morte de Jesus Cristo foi sua infidelidade. Quiseram seguir uma religião do seu agrado, e não a Religião revelada pelo Filho de Deus humanado. Nisto imitaram a desobediência de Adão e a rejeição da vontade de Deus. Nós estamos na mesma miserável condição. Humilhemo-nos e peçamos a Nossa Senhora nos alcance a graça de sermos fiéis à Santíssima Vontade de seu Divino Filho.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Com a cruz é carregado
Vai sofrendo resignado.
Vai morrer por teu amor. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

2ª Estação
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Jesus leva a cruz aos ombros

V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Depois da vigília no Horto das Oliveiras e da atrocíssima flagelação, Jesus se submete ainda ao sacrifício de carregar a Cruz até o Calvário. Jesus o fez para reparar os nossos pecados. Aprendamos que sem sacrifício e o habitual espírito de mortificação, nossa religião é vã, vazia, sem merecimento. Peçamos a Nossa Senhora a graça de aceitar com alegria as mortificações que nos impõem o cumprimento de nossos deveres de estado.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:Sob o peso desmedido,
Cai Jesus desfalecido,
Pela tua salvação. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

3ª Estação
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 Jesus cai pela primeira vez

V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Já esgotado pela insônia, fome e perda de sangue, Jesus sucumbe ao peso da cruz e cai por terra. Nos desígnios de Deus, esta queda é para descontar as ofensas de nossos pecados, e para nos alertar contra nossa presunção. Por nós mesmos só vamos de pecado em pecado, de queda em queda. Peçamos a Nossa Senhora nos alcance a graça da vigilância na oração e da fuga das ocasiões de pecado.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Vê a dor da Mãe amada,
Que se encontra desolada,
Com seu Filho em aflição. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

4ª Estação
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Jesus encontra sua Mãe, Maria Santíssima


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Na agonia no Horto do Getsêmani e no processo infame a que foi submetido seu Divino Filho, esteve ausente Maria Santíssima. Quando, porém, vai Ele consumar o sacrifício da redenção do mundo, Ela se apresenta. É que ambos, Jesus e Maria, no decretos do Altíssimo, estão como identificados na missão redentora do homem. É como Mãe dos remidos que Maria coopera na obra da salvação. É a esta Mãe que recorremos para nos assegurar a fidelidade a seu Divino Filho, em meio da sociedade paganizada que nos envolve.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
No caminho do Calvário,
Um auxílio necessário,
Não lhe nega Cireneu. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

5ª Estação
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Simão Cireneu ajuda Jesus a levar a cruz

V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: A breve trecho, no caminho do Calvário, convencem-se os verdugos do Salvador de que pela extrema debilidade, conseqüência das torturas a que tinha sido submetido, Jesus Cristo não estava em condições de carregar o seu patíbulo até ao cimo do monte. Forçaram Simão de Cirene a carregar a cruz do Salvador. Nossa salvação, por vontade de Deus, não se realiza sem nossa cooperação. Precisamos, a nosso modo, ajudar Jesus Cristo a carregar a Cruz. E o fazemos quando não nos conformamos com a maneira de proceder de uma sociedade que, na prática, se afastou da austeridade cristã. Que Nossa Senhora nos alcance esta graça.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Eis o rosto ensanguentado,
Por Verônica enxugado,
Que no pano apareceu. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

6ª Estação
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Uma piedosa mulher enxuga a face de Jesus


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Do meio daquela multidão sádica que formava o séquito nefando do Salvador no caminho do Calvário, destaca-se uma mulher forte que, arrostando a arrogância dos soldados, aproxima-se de Jesus e com uma toalha Lhe limpa o sagrado rosto, desfigurado pelo sangue da coroa de espinhos, pelos escarros dos sicários do Sinédrio e pelas bofetadas da soldadesca bestial. Admiremos envergonhados a fortaleza desta mulher e peçamos a Nossa Senhora nos alcance a graça de nunca trairmos, por respeito humano, nossa religião, com nosso procedimento.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor! 
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Novamente desmaiado,
Sob a cruz que vai levando,
Cai por terra o Salvador. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

7ª Estação
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Jesus cai pela segunda vez


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Não obstante o auxílio do Cirineu, a enorme fraqueza do Salvador fê-lo cair uma segunda vez no caminho do Calvário. Esta segunda queda do Salvador lembra nossas repetidas culpas e, de outro lado, da infinita misericórdia de Deus, que só espera nosso arrependimento para nos soerguer. Que a fraqueza do Redentor que o prostrou por terra, seja a nossa fortaleza, e não nos permita aceitar um meio-catolicismo ao sabor da sensualidade, feito mais de quedas do que de virtudes.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Das mulheres que choravam,
Que fiéis O acompanhavam,
É Jesus consolador. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

8ª Estação
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Jesus encontra as filhas de Jerusalém


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Ao ver os tormentos a que os sicários do Sinédrio submetiam Jesus no caminho do Calvário, umas piedosas mulheres de Jerusalém não contiveram as lágrimas e expandiram em altos prantos sua consternação. Jesus, agradecido, exortou-as a que tornassem profícuos seus prantos, chorando mais por elas e seus filhos, do que por Ele. O que Jesus deseja é a nossa salvação. Por isso, ferem-Lhe mais nossos pecados do que O afligem as chagas de seu corpo ou Lhe pesa a coroa de espinhos. “Chorai por vós e por vossos filhos” – nos repete o Senhor, quando nos vê mais preocupados com nossas moléstias e os bens terrenos do que com os nossos pecados. Abra-nos os olhos a Virgem Santíssima para purificar nosso catolicismo.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Cai exausto o bom Senhor,
Esmagado pela dor,
Dos pecados e da cruz. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

9ª Estação
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Jesus cai pela terceira vez


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Novamente a extrema debilidade prostra a Jesus por terra. É mais uma humilhação que se junta a todas as outras igualmente atrozes, a que se sujeitou o Salvador na sua Paixão. Fê-lo por nosso amor, nossa salvação, mas também para que compreendêssemos que, sem a aceitação amorosa das humilhações que Nosso Senhor nos envia, não participamos da Redenção, porquanto não nos assemelhamos a Jesus Cristo. Que a Virgem Santíssima, Mãe das Dores, nos compenetre desta verdade.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor! : Compadecei-vos de nós! Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.

Canto:
Já do algoz as mãos agrestes,
As sangrentas pobres vestes,
Vão tirar do bom Senhor. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

10ª Estação
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Jesus é despojado de seus vestidos


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Chegado ao Calvário, foi Jesus despudoradamente despido de suas vestes pela soldadesca imunda. Jesus, o cândido lírio da inocência, mais branco, mais puro do que o mais puro arminho e que a mais branca neve, é apresentado nu aos olhos da multidão, tendo apenas para velar seu corpo sagrado a túnica do seu sangue sacrossanto. Foi certamente a mais sensível das humilhações a que nossos pecados submeteram o Filho de Deus. No entanto, é a humilhação a que mesmo as pessoas que se dizem cristãs e tementes a Deus, continuam a submeter o Divino Salvador. A Virgem Mãe, pureza alvinitente, nos alcance o apego ao recato, à modéstia, ao comedimento, que são as condições indispensáveis para a prática da virtude. Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós! 
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz. 
Todos: Amém.

Canto:
Sois por mim na cruz pregado,
Insultado, blasfemado,
Com cegueira e com furor. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

11ª Estação
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Jesus é pregado na cruz


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Estirado Jesus sobre a Cruz, esticaram-Lhe violentamente os membros e os cravaram no madeiro com grossos e pontiagudos cravos. O suplício da Cruz era reservado aos escravos, com os quais era legítimo não ter a menor comiseração. Além disso, Jesus Cristo foi crucificado entre dois ladrões, como a indicar – diz S. Boaventura – que era o pior deles. Tudo concorria para levar aos extremos os sofrimentos físicos e morais do Divino Salvador. Cravado na Cruz após a flagelação e coroação de espinhos, não é possível imaginar sofrimentos mais atrozes. Considerado malfeitor vil e abjeto como os crucificados, é impossível humilhação maior. Pois esses sofrimentos, essas humilhações foram o preço de nossos pecados. Foi assim que Ele nos libertou da escravidão do demônio, da morte eterna e nos mereceu o céu no seio de Deus. Com o coração agradecido, aprendamos a apreciar as humilhações e os sofrimentos com que Deus purifica a nossa alma, especialmente quando exigidos pelo cumprimento dos deveres de nosso estado.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz. 
Todos: Amém.

Canto:
Por meus crimes padecestes,
Meu Jesus por mim morrestes,
Quanta angústia, quanta dor! (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

12ª Estação
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Jesus morre na cruz


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Depois de três horas de tormentosa agonia, Jesus inclinou a cabeça e morreu. Consumou-se o sacrifício. O véu do templo rasgou-se de alto a baixo anunciando a abolição da lei mosaica substituída pela lei de Cristo que a aperfeiçoa e supera, e atinge todos os homens. Exclama São Paulo: “Estou pregado na cruz com Cristo.” É este também o ideal da vida do fiel: unir-se a Jesus Crucificado. Ou seja, tomar o caminho da renúncia de si mesmo, na obediência aos legítimos superiores, nas humilhações, no espírito de mortificação, nos sacrifícios exigidos para o cumprimento dos próprios deveres. São as disposições da alma que pedimos à Virgem Santíssima presente ao pé da Cruz.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós! 
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz. 
Todos: Amém.

Canto:
Do madeiro vos tiraram,
E à Mãe vos entregaram,
Com que dor e compaixão. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

13ª Estação
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Jesus é descido da cruz

V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
 Dirigente: Nicodemos e José de Arimatéia obtiveram de Pilatos o corpo de Jesus. Cuidadosamente O retiraram da Cruz e O entregaram à sua Mãe, Maria Santíssima, a quem Ele pertencia por direito materno. A Virgem Mãe contemplou em silêncio a retidão profunda daquele rosto sempre senhor de si mesmo, embora desfigurado pelos atrozes sofrimentos e morte violenta. Contemplou, adorou, e O apresentou ao Padre Eterno como propiciação pelos nossos pecados, de seus filhos adotivos. Habituemo-nos a viver com Maria. Ela nos levará a Jesus. Ela nos dará sua graça e seu vigor para triunfarmos da multidão dos atrativos para o mal que emergem de uma sociedade imersa no egoísmo e na sensualidade.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz. 
Todos: Amém.

Canto:
No sepulcro vos puseram,
Mas os homens tudo esperam,
Do mistério da paixão. (bis)
Pela Virgem dolorosa,
Vossa Mãe tão piedosa,
Perdoai-me, meu Jesus. (bis)

14ª Estação
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Jesus é posto no sepulcro


V/. Nós Vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, e Vos bendizemos.
R/. Porque pela Vossa Santa Cruz remistes o mundo.
Dirigente: Atendida a exigência de seu direito materno, Maria Santíssima acompanho o enterro de Seu Divino Filho organizado por Nicodemos e José de Arimatéia. Foi Ele deposto num sepulcro novo, aberto na rocha, no qual ninguém tinha ainda sido sepultado. Sobre todos desceu um ambiente de paz que sepultou o alarido da multidão infrene, quando pedia a morte do Salvador. A paz do Senhor é a paz de consciência que repercute no homem todo, dando-lhe a sensação de um profundo bem-estar. Esta paz encontramo-la quando desalojamos de nosso coração os sentimentos egoístas e sensuais para enche-lo de caridade de Nosso Senhor Jesus Cristo. Virtude que obteremos pela intercessão de Maria Santíssima.
Pai-nosso, Ave-Maria e Glória.
Todos: Pesa-me, Senhor, de todo o meu coração ter ofendido a vossa infinita bondade, proponho com vossa graça a emenda, e espero que me perdoeis por vossa infinita misericórdia. Amém.
Dirigente: Compadecei-vos de nós, Senhor!
Todos: Compadecei-vos de nós!
Dirigente: Que as almas dos fiéis defuntos, por misericórdia de Deus, descansem em paz.
Todos: Amém.


ORAÇÃO FINAL À VIRGEM DOLOROSA
  Ó Maria, minha Mãe, compartilho conVosco as dores e sofrimentos que suportastes no corpo e na alma, ao acompanhardes Vosso Divino Filho no caminho do Calvário, e ao assistirdes à sua dolorosa e humilhante morte na Cruz. Peço-Vos que me guardeis sob vossa proteção para que não torne a pecar, renovando a Paixão de Vosso Divino Filho.
  (Padre-Nosso e Ave-Maria, na intenção do Sumo Pontífice para se lucrarem as indulgências).
  Pela Virgem Dolorosa, Vossa Mãe tão piedosa, Perdoai-me, meu Jesus!
   



















































































sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Comunicado do R. P. Bouchacourt



Reproduzimos aqui o Comunicado do R. P. Bouchacourt.

Comunicados do R.P. Bouchacour

+ 23 de janeiro de 2013
Na sequência do anuncio da vinda dos Padres Pfeiffer e Hewko ao Brasil, pelo presente comunicado quero precisar que estes Padres não fazem mais parte da FSSPX e, portanto, não podem usar do nome da mesma FSSPX nem para organizar cerimônias, nem para solicitar a generosidade dos fiéis. As atividades organizadas pela FSSPX são anunciadas seja pelo Site oficial do distrito da América do Sul, seja pelo site do Priorado de São Paulo.
Que Deus vos abençoe em Nosso Senhor Jesus Cristo e Nossa Senhora.
Padre Bouchacourt

http://www.fsspx.com.br/exe2/comunicado-do-r-p-bouchacourt/








http://www.fsspx.com.br/exe2/comunicado-do-r-p-bouchacourt/

sábado, 15 de dezembro de 2012

Reflexão sobre o Natal.


«Natal do Senhor»

São Leão Magno - Sermão n° 23


   muitas vezes, caríssimos, ouvistes falar e fostes instruídos a respeito do mistério da solenidade de hoje; porém, assim como a luz visível enche sempre de prazer os olhos sadios, também aos corações retos não cessa de causar regozijo a natividade do Senhor.

Jamais devemos deixá-la transcorrer em silêncio, embora não possamos condignamente explaná-la, pois aquela palavra: "a sua geração, quem a poderá explicar?" 1 se refere certamente não só ao mistério pelo qual o Filho de Deus é co-eterno com o Pai, mas ainda a este nascimento em que "o Verbo se fez carne" 2.

O Filho de Deus, que é Deus como seu Pai, que recebe do Pai sua mesma natureza, Criador e Senhor de tudo, que está presente em toda parte e transcende o universo inteiro, na sequência dos tempos que, de sua providência dependem, escolheu para si este dia, a fim de, em prol da salvação do mundo, nele nascer da bem-aventurada Virgem Maria, conservando intacto o pudor de sua mãe. A virgindade de Maria não foi violada no parto, como não fora maculada na conceição, "a fim de que se cumprisse - diz o evangelista - o que foi pronunciado pelo Senhor, através do profeta Isaías: Eis que uma virgem conceberá no seu seio e dará à luz um filho, ao qual chamarão Emanuel, que quer dizer Deus conosco" 3.

O admirável parto da sagrada Virgem trouxe à luz uma pessoa que, em sua unicidade, era verdadeiramente humana e verdadeiramente divina, já que as duas naturezas não conservaram suas propriedades de modo tal que se pudessem distinguir como duas pessoas: não foi apenas ao modo de um Habitador em seu habitáculo que o Criador assumiu a sua criatura, mas, ao contrário, uma natureza como que se adicionou à outra. Embora duas naturezas, uma a assumente e outra assumida, é tal a unidade que formam, que um único e mesmo Filho poderá dizer-se, enquanto verdadeiro homem, menor que o Pai 4 e enquanto verdadeiro Deus, igual ao Pai 5.

Uma unidade dessas, caríssimos, entre Criador e criatura, o olhar cego dos arianos não pôde entender, os quais, não crendo que o Unigênito de Deus possua a mesma glória e substância do Pai, afirmaram ser menor a divindade do Filho, argumentando com as palavras (evangélicas) que dizem respeito à forma de servo 6.

Ora, o próprio Filho de Deus, para mostrar como essa condição de servo nele existente não pertence a uma pessoa estranha e distinta, com ela mesma nos diz: "eu e o Pai somos uma só coisa" 7.

Na natureza de servo, portanto, que ele, na plenitude dos tempos, assumiu em vista da nossa redenção, é menor do que o Pai; mas na natureza de Deus, na qual existia desde antes dos tempos, é igual ao Pai. Em sua humildade humana, foi feito da mulher, foi feito sob a Lei 8, continuando a ser Deus, em sua majestade divina, o Verbo divino, por quem foram feitas todas as coisas 9. Portanto, aquele que, em sua natureza de Deus, fez o homem, revestiu uma forma de servo, fazendo-se homem; é o mesmo o que é Deus na majestade desse revestir-se e homem na humildade da forma revestida. Cada uma das naturezas conserva integralmente suas propriedades: nem a de Deus modifica a de servo, nem a de servo diminui a de Deus. O mistério, pois, da força unida à fraqueza, permite que o Filho, em sua natureza humana, se diga menor do que o Pai, embora em sua natureza divina lhe seja igual, pois a divindade da Trindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo é uma só. Na Trindade o eterno nada tem de temporal, nem existe dissemelhança na divina natureza: lá a vontade não difere, a substância é a mesma, a potência igual, e não são três Deuses, unidade verdadeira e indissociável é essa, onde não pode existir diversidade.

Nasceu pois numa natureza perfeita e verdadeira de homem o verdadeiro Deus, todo no que é seu e todo no que é nosso. "Nosso" aqui dizemos que o Criador criou em nós no início, e depois assumiu para restaurar. O que, porém, o sedutor (o demônio) introduziu e o homem, ludibriado, aceitou, isso não teve nem vestígio no Salvador, pois comungando com nossas fraquezas não participou dos nossos delitos. Elevou o humano sem diminuir o divino, dado que a exinanição em que o Invisível se nos mostrou visível foi descida de compaixão, não deficiência de poder.

Assim, para sermos novamente chamados dos grilhões originais e dos erros mundanos à eterna bem-aventurança, aquele mesmo a quem não podíamos subir desceu até nós. Se, realmente, muitos eram os que amavam a verdade, a astúcia do demônio iludia-os na incerteza de suas opiniões, e sua ignorância, ornada com o falso nome de ciência, arrastava-os a sentenças as mais diversas e opostas. A doutrina da antiga Lei não era bastante para afastar essa ilusão que mantinha as inteligências no cativeiro do soberbo demônio. Nem tampouco as exortações dos profetas lograriam realizar a restauração de nossa natureza. Era necessário que se acrescentasse às instituições morais uma verdadeira redenção, necessário que uma natureza corrompida desde os primórdios renascesse em novo início. Devia ser oferecida pelos pecadores uma hóstia ao mesmo tempo participante de nossa estirpe e isenta de nossas máculas, a fim de que o plano divino de remir o pecado do mundo por meio da natividade e da paixão de Jesus Cristo atingisse as gerações de todos os tempos e, longe de nos perturbar, antes nos confortasse a variação dos mistérios no decurso dos tempos, desde que a fé, na qual hoje vivemos, não variou nas diversas épocas.

Cessem, por isso, as queixas dos que impiamente murmuram contra a divina providência e censuram o retardo da natividade do Senhor, como se não tivesse sido concedido aos tempos antigos o que se realizou na última idade do mundo. A Encarnação do Verbo podia conceder, já antes de se realizar, os mesmos benefícios que outorga aos homens, depois de realizada; o ministério da salvação humana nunca deixou de se operar. O que os apóstolos pregaram, os profetas prenunciaram; não foi cumprido tardiamente aquilo a que sempre se prestou fé. A sabedoria, porém, e a benignidade de Deus, com essa demora da obra salutífera, nos fez mais capazes de nossa vocação, pois o que fora prenunciado por tantos sinais, tantas vezes e tantos mistérios, poderíamos reconhecer sem ambiguidade nestes dias do Evangelho. A natividade, mais sublime do que todos os milagres e do que todo o entendimento, geraria em nós uma fé tanto mais firme quanto mais antiga e amiudada tivesse sido antes sua pregação. Não foi, pois, por deliberação nova ou por comiseração tardia que Deus remediou a situação do homem, mas, desde a Criação do mundo instituíra uma e mesma causa de salvação, para todos. A graça de Deus, que justifica os santos, foi aumentada com o nascimento de Cristo, não foi simplesmente principiada. E esse mistério da compaixão, esse mistério que hoje já enche o mundo, fora tão potente em seus sinais prefigurativos que todos os que nele creram, quando prometido, não conseguiram menos do que os que o conheceram realizado.

São assim, caríssimos, tão grandes os testemunhos da bondade divina para conosco que, para nos chamar à vida eterna, não apenas nos ministrou as figuras, como aos antigos, mas a própria Verdade nos apareceu, visível e corpórea. Não seja, portanto, com alegria profana ou carnal que celebremos o dia da natividade do Senhor. celebrá-lo-emos dignamente se nos lembrarmos, cada um de nós, de que Corpo somos membros e a que Cabeça estamos unidos, cuidando que não se venha a inserir no sagrado edifício uma peça discordante.

Considerai atentamente, caríssimos, sob a luz do Espírito Santo, quem nos recebeu consigo e quem recebemos conosco: sim, como o Senhor se tornou carne nossa, nascendo, também nós nos tornamos seu Corpo, renascendo. Somos membros de Cristo e templos do Espírito Santo e por isto o Apóstolo diz: "Glorificai e trazei a Deus no vosso corpo" 10. Apresentando-nos o exemplo de sua humildade e mansidão, o Senhor comunica-nos aquela mesma força com que nos remiu, conforme prometeu: "Vinde a mim, vós todos, que trabalhais e estais sobrecarregados, e eu vos reconfortarei. Tomai o meu jugo sobre vós e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis repouso para vossas almas" 11.

Tomemos, portanto, o jugo, em nada pesado e em nada áspero, da Verdade que nos guia e imitemos na humildade aquele a cuja glória queremos ser configurados. Que nos auxilie e nos conduza às suas promessas quem em sua grande misericórdia é poderoso para apagar nossos pecados e completar seus dons em nós, Jesus Cristo, nosso Senhor, que vive e reina pelos séculos dos séculos. Assim seja.



FontE
GOMES, Cirilo Folch, OSB. Antologia dos Santos Padres. Coleção "Patrologia". Ed. Paulinas, São Paulo, 1985.
Notas:
[1] Jo 53, 8;
[2] Jo 1, 14;
[3] Mt 1, 23 (cf. Is7, 14);
[4] Jo 14, 38;
[5] Jo 10, 30;
[6] FI 2, 6;
[7] Jo 10, 30;
[8] Gl 4, 4;
[9] Jo 1, 3;
10 1Cor 6,20;

[11] Mt 11, 28s.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Tota Pulchra es.


Tota pulchra es, Maria
08 de dezembro, festa da Imaculada Conceição.

Tota pulchra es, Maria,
et macula originalis non est in te.
Vestimentum tuum candidum quasi nix, et facies tua sicut sol.
Tota pulchra es, Maria,
et macula originalis non est in te.
Tu gloria Jerusalem, tu laetitia Israel, tu honorificentia populi nostri.
Tota pulchra es, Maria.
 
ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
   Virgem Santíssima, que fostes concebida sem o pecado original e, por isto merecestes o título de Nossa Senhora da Imaculada Conceição e por terdes evitado todos os outros pecados, o Anjo Gabriel vos saldou com as belas palavras: "Ave Maria, cheia de graça"; nós vos pedimos que alcanceis do vosso divino Filho o auxílio necessário para vencermos as tentações e evitarmos os pecados e, já que vos chamamos de Mãe, atendei-nos com carinho maternal e ajudai-nos a viver como dignos filhos Vossos. Nossa Senhora da Conceição, rogai por nós.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Peregrinação da Tradição a Aparecida em 8 de setembro de 2012.

Peregrinação da Tradição Católica a Aparecida em 8 de setembro de 2012.


Fé.
Oração.
Penitência.

 Confissão.

Chegada a Igreja de São Benedito, em Aparecida.

Presentes o Rev. Pe Daniel Maret, Rev. Pe Alejandro e Rev. Pe Rodolfo.
A Santa Missa rezada por Dom Lourenço Fleichman.

A Graça.


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Quarta de cinzas



   Hoje, quarta feira de cinzas, início da quaresma, um tempo forte para aprofundarmos nossa conversão. Sugerimos a meditação diária da Via Sacra. Preparei a página "Via Sacra" (veja acima, na barra de páginas) com muito carinho para todos que desejarem praticar esta devoção. O texto foi extraído do Missal Romano Quotidiano. Acrescentei a letra de um canto que quase todos os católicos conhecem, se gostarem de cantar.
   Indulgências: Os fiéis que fizerem isoladamente, ou em grupo, a via sacra, podem lucrar as seguintes indulgências: 1º uma indulgência plenária por cada vez; 2ºuma segunda indulgência plenária, se comungarem nesse mesmo dia; do mesmo podem lucrar duas plenárias se, tendo percorrido a via sacra dez vezes, comungarem dentro do mês. (....) Mas é indispensável: 1º percorrer sucessivamente as 14 estações, exceto em vias sacras públicas; 2º percorrê-las sem interrupção notável; 3º meditar na Paixão do Senhor (Missal Romano Quotidiano).